sexta-feira, 15 de junho de 2007

LADO B #1

por Bernardo Hennys (B)

Natural de Campina Grande, professor da UFCG a mais de 30 anos, fundador do Núcleo de Extensão Cultural que mais tarde daria origem ao DART e agora, conhecido como Unidade Acadêmica de Arte e Mídia, atualmente Coordenador Administrativo do Curso de Arte & Mídia, Pedro Quirino é o nosso entrevistado da vez. Na seção lado B iremos mostrar um pouco daquilo que você deveria saber sobre a UAAMI, mas, não sabe.

Quais são as suas funções como Coordenador Administrativo do curso?
Exerço funções meramente administrativas, cuido do espaço físico para que haja condições do desenvolvimento das atividades que são realizadas aqui, cuido para que haja os equipamentos necessários a essas atividades, cuido para que haja disciplina por parte dos funcionários e dos professores, cuido para que haja assiduidade e que eles tenham a capacidade de transmitir, levar os alunos a ter um aprendizado o melhor possível, dependendo das limitações que as leis nos impõe.

Estamos vendo que você está conseguindo muitos equipamentos, está conseguindo melhorar a infra-estrutura da UAMMI. Queríamos saber como é que foi essa luta, como foi o processo para adquirir tais equipamentos.
Bem, não foi nem complicado. O que eu fiz foi apenas pedir e justificar. Eu fiz uma justificativa ao pró-reitor de ensino alegando a ele que, a nossa atividade didática é diferente das outras unidades. Então ele me disse que pedisse um datashow que ele me daria. Eu disse, então, que ia pedir dois. Ele disse que não pedisse que só me daria um, então eu disse que ia pedir três. Aí ele foi e me deu os três.

Considerando a grande produção de vídeo na nossa comunidade, o que você teria a dizer sobre a videoteca dos trabalhos produzidos pelos alunos?
Esse local foi parte da nossa campanha para coordenador, a criação de um centro de informações em Arte e Mídia. A gente já localizou isso, que será no LIAA, eu já montei a secretaria, já tem birô, computador, telefone, tudo montado, já coloquei as estantes, o material já foi todo para la,já tem uma mesa para a pessoa pesquisar, o problema é a técnica de catalogar. Nós consultamos a biblioteca e eles acharam muito confuso, porque quando um aluno faz um projeto, ele faz um vídeo, faz um documento escrevendo o que fez e faz um website, por exemplo, e eu tenho que catalogar em conjunto.

Os alunos tem dificuldade com relação ao assunto teórico, pois, por ser um assunto muito específico, não conseguimos esse material na biblioteca. Haveria a possibilidade da criação de uma biblioteca da UAAMI?
Todo ano a universidade recebe uma verba do MEC, pequena demais, para comprar livros. Depois que eu entrei aqui, a gente Já mandou duas relações de livro. Não sei se foram comprados ainda porque também depende de ter na licitação, da firma entrar, porque ocorre quase um leilão eletrônico e, as vezes, as livrarias não tem interesse de entrar la, então os livros não são cotados e as empresas não oferecem os livros. Vamos depender sempre disso. O que o governo faz é estimular e priorizar a pós-graduação. Então se você faz um projeto, o lhe dão a verba para você desenvolver. Muitos doutores e mestres na universidade atualmente, fazem um projeto e ganha 45000 reais. Compra computadores, impressora a laser, cadeiras , mesas e compram livros também. Então a dependência de livro de grande partes das pessoas está sendo atendido assim.. É necessário que as pessoas tentem fazer projetos. O problema é que somos muito acomodados.

Para encerrar o que você espera dos alunos, o que é necessário que os alunos façam para haver uma melhoria no curso?
O que ocorre é que, muitas vezes as pessoas criticam e criticam de forma não adequada, as coisas que não procuraram ter informações detalhadas. Eu acho muito importante esse tipo de conversa que estamos tendo aqui, porque os alunos que me procuram tem visto que a gente está aqui e que procuramos atender aos alunos da melhor forma possível. Quando resolvi transferir a sala de pintura, o pessoal veio me agradecer e eu disse: “Agradecer porque? Eu ganho pra isso” Quando eu sento em um boteco para tomar uma cervejinha, é com o dinheiro daqui, então eu tenho que fazer meu trabalho direitinho para poder tomar minha cerveja la direitinho também. Isso é função da gente. O maior problema dos alunos são essas conversas de corredor, esse disse me disse e não vem se informar direito. Mas isso é característica, a gente tem que lidar com isso, pois são trezentas cabeças diferentes pensando, com ansiedades diferentes, com informações diferentes. Quando a gente tem um momento cultural forte, então a gente tem um senso crítico mais ou menos guiado em uma direção. Então as pessoas começam a se ajustar em determinada direção. Quando a gente não tem, cada um vai seguir a sua cabeça.

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