Esta é uma das seções interativas do zine, um espaço aberto aos estudantes de Arte e Mídia que se aventuram no campo da literatura.
MOTIVOPoema de Willams Carlos, aluno do período 2004.2
E também não cantaremos mais a vida
Que se
converteu em morte
Representação da representação daquilo que nunca
fomos
Tragicomédia daquilo que somos e seremos.
Sempre tanto por
tão pouco
Sempre o pouco que no fim é nada.
Corremos e lutamos e
nos gastamos
Por algo que é vento
Por um oco que a tudo consome
E que
de nada se basta.
E se não basta esta ilusão
Buscaremos ainda
outra:
Teceremos redes e laços
Entre máscaras sem rosto
E sombras sem
conteúdos.
Já cansados do espetáculo,
Ao final seremos todos
apenas um:
Voltaremos à diária ração de vazio e solidão
Mater dolorosa de
nossa própria condição.
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